A.M.
O Principado de Andorra é o segundo país do Mundo, depois do Grão-Ducado do Luxemburgo, com a maior percentagem de portugueses entre os residentes no território, com apenas 84.484 habitantes (estatísticas de 2008).
No ano passado, os imigrantes portugueses no Principado ascendiam a 13.794 cidadãos, representando 26% do total de 53.121 estrangeiros ali residentes e 16% do da população. Só a comunidade espanhola a suplanta, com 34% da população, entre a qual os andorranos estão em minoria (37%).
Com uma comunidade sólida, dedicada, na sua maioria, às actividades da construção civil e do turismo, os portugueses continuam a reforçar a sua posição demográfica. Em 2004, o número de residentes lusos era de 9.980.
No ano passado, foram os portugueses quem mais contribuiu para o saldo populacional de Andorra, com o maior número de nascimentos - 236 entre o total de 875 nados vivos registados no país. Destes, apenas 275 foram andorranos.
Sinal de prosperidade lusa nas frias paragens que arrastam famílias inteiras desde o Minho, o Poto ou o Centro do país? "O nível de vida da comunidade portuguesa é bom", assegurava em Março passado o conselheiro para as comunidades portuguesas em Andorra, José Manuel Silva, citado numa reportagem do "Jornal de Notícias" sobre este pedaço de Portugal (edição de 8/3/09).
Empregos melhor pagos e aparentemente mais resistentes à crise do que noutras paragens e mesmo negócios bem sucedidos continuam a reter milhares de famílias que foram à procura de melhor sorte.
"Não há condições em Portugal para quem quer buscar a vida", assegurava António Leão da Silva, empresário de restauração bem sucedido, que ali chegou há 18 anos, num regresso a casa depois de tentativas na Suíça e em França e que afinal nunca se consumou.
Porque em Andorra os portugueses sentem-se tanto em casa que se dão ao luxo de ter supermercados cheios de produtos nacionais e até um clube de futebol a disputar a primeira divisão.
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