Intervenções:
Elisabeth Machado-Marcellin Doutora em Ciências da Informação e da Comunicação, ligada ao Centro de Estudos dos Média da Universidade Sorbonne-Nouvelle e consultora
Marie-Christine Volovitch-Tavares Doutora em História e vice-presidente do CERMI (Centro de Estudos sobre as Migrações Ibéricas: BDIC/Universidade Paris Ouest
Manuel Antunes da Cunha Doutor em Ciências da Informação e da Comunicação, investigador associado do Laboratório "Comunicação e política" (CNRS-Paris)
Paulo Dentinho Jornalista, Grande reporter, Correspondente da RTP em Paris
Moderação
Miguel Guedes Conselheiro de Imprensa da Embaixada de Portugal em França
Volvido meio século sobre o início das grandes vagas migratórias, mais de um milhão de indivíduos de nacionalidade e/ou de origem portuguesa vive hoje em França. Desde os anos 60, os meios de comunicação social fizeram sair do anonimato esse contingente de trabalhadores dispostos a enfrentar duras condições de vida para melhorar o quotidiano das suas famílias e/ou fugir ao jugo da ditadura e da guerra colonial.
Sem omitir o papel precursor da emissão de rádio animada por Jorge Reis na estação pública ORTF (desde 1966), os artigos da imprensa francesa, as numerosas publicações em língua de origem ou as rádios livres, deve-se sobretudo à emissão de televisão Mosaïques (FR3, 1976-1987) uma presença regular da emigração lusa no espaço público do país de acolhimento.
Desde então marcados pelo estigma da invisibilidade, os Portugueses de França viram entretanto abrir-se uma janela sobre o país das origens graças à RTP Internacional (1992) e à SIC Internacional (1998). Mais recentemente, o canal CLP TV (2006-2009) constituiu a primeira experiência televisiva gerada no seio da própria comunidade.
Por ocasião da apresentação pública da obra de Manuel Antunes da Cunha (Les Portugais de France face à leur télévision. Médias, migrations et enjeux identitaires, Presses universitaires de Rennes), uma mesa-redonda sobre "Televisão e comunidade portuguesa" vai juntar, no Consulado Geral de Portugal em Paris, investigadores e jornalistas.