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OEm Fact Sheets
OEm Fact Sheets é uma publicação periódica de textos de síntese em que são analisados sumariamente indicadores sobre a emigração portuguesa de particular interesse para investigadores, decisores políticos e jornalistas. Os textos são completados por tabelas, gráficos e mapas e têm por objetivo divulgar publicamente, em tempo útil, alguns dos principais resultados do trabalho do Observatório.

Coordenação  Inês Vidigal
Periodicidade  Semestral
ISSN  2183-4385 (online)

 

Inês Vidigal
Análise de uma série estatística longa sobre os nascimentos no Canadá de mães de nacionalidade estrangeira. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 2000 e termina 20 anos depois, em 2020. A sua análise permite identificar a evolução dos nascimentos, em território canadiano, de mães de nacionalidade portuguesa e a sua relação com a evolução dos nascimentos no Canadá, em geral. Ao longo da série, esta evolução é marcada pelo peso dos nascimentos de mães de origem asiática e o decréscimo acentuado dos nascimentos de mães de nacionalidade portuguesa.
Liliana Nunes e Carlota Moura Veiga
Portugal é reconhecido historicamente como um país de emigrantes. Desde os primórdios das migrações que se carateriza pelos maiores volumes na saída de portugueses versus na entrada de estrangeiros. Comparativamente às migrações transatlânticas numa primeira fase, a partir da década de 1960 observa-se um redirecionamento dos fluxos migratórios portugueses para os países do norte da Europa, entre os quais se destaca França. A forte presença da comunidade portuguesa neste país desencadeou a ativação de um forte movimento associativo, motivou que levou à elaboração da presente factsheet. Para tal, foi constituída uma base de dados onde constam as associações fundadas pelos portugueses residentes em França, desde 1902 a 2023. Por este meio, é possível identificar a evolução da caraterização do movimento associativo português em território francês em termos de organização estrutural e objetivos.
Inês Vidigal
Análise de uma série estatística longa sobre os nascimentos na Suíça de mães de nacionalidade estrangeira. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 1987 e termina 34 anos depois, em 2021. A sua análise permite identificar a evolução dos nascimentos, em território suíço, de mães de nacionalidade portuguesa e suas relações com a evolução dos nascimentos na Suíça, em geral. Ao longo da série, esta evolução é marcada pelo peso crescente dos nascimentos de mães de origem europeia.
Inês Vidigal
Análise de uma série estatística longa sobre os nascimentos na Alemanha de mães de nacionalidade estrangeira. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 1960 e termina 60 anos depois, em 2020. A sua análise permite identificar a evolução dos nascimentos, em território alemão, de mães de nacionalidade portuguesa e suas relações com a evolução dos nascimentos na Alemanha, em geral. Ao longo da série, esta evolução é marcada pelo peso crescente dos nascimentos de mães de origem europeia e asiática.
Inês Vidigal
Análise de uma série estatística longa sobre os nascimentos em Espanha de mães de nacionalidade estrangeira. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 1996 e termina 23 anos depois, em 2019. A sua análise permite identificar a evolução dos nascimentos, em território espanhol, de mães de nacionalidade portuguesa e suas relações com a evolução dos nascimentos em Espanha, em geral. Ao longo da série, esta evolução é marcada pelo peso crescente dos nascimentos de mães de origem africana e americana e um declínio relativo dos nascimentos de mães europeias.
Inês Vidigal, Carlota Moura Veiga, Hélder Paulino
Análise de uma série estatística sobre as autorizações concedidas a portugueses para residir no Brasil. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 2000 e termina em 2015. A sua análise permite identificar algumas características da população portuguesa que emigrou para território brasileiro naquele período: sexo, grupo etário, estado civil, condição perante o trabalho, profissão e distribuição geográfica no destino. A emigração portuguesa para o Brasil é marcada por um grande aumento das autorizações concedidas para residência a partir de 2011, com um valor superior a 3,000 entradas anuais nos anos seguintes.
Inês Vidigal
O valor das remessas registado em Portugal sofreu um decréscimo em 2020 (-1.4%), depois de dez anos consecutivos de crescimento. As remessas de emigrantes mantiveram-se superiores a três mil milhões de euros, o que correspondeu a cerca de 1.8% do PIB. Em conjunto, os dois países onde residem mais portugueses, França e Suíça, foram também os países de origem de mais de metade das remessas recebidas. Em sentido inverso, quase metade das remessas enviadas para o estrangeiro por imigrantes residentes em Portugal tiveram o Brasil por destino. Portugal foi, em 2018, o 35.º país do mundo que recebeu mais remessas de emigrantes. Porém, o seu grau de dependência económica das remessas da emigração tem decrescido nas últimas décadas, sendo hoje baixo, pelos padrões internacionais.
Inês Vidigal
Análise de uma série estatística longa sobre os nascimentos em França de mães de origem estrangeira. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 1977 e termina 41 anos depois, em 2018. A sua análise permite identificar o declínio dos nascimentos em território francês das mães de origem portuguesa e suas relações com a evolução dos nascimentos em França, em geral. Esta evolução é marcada pelo grande peso nos nascimentos da origem africana de mães estrangeiras ao longo da série, enquanto se regista um progressivo declínio das origens europeias.
Rui Pena Pires e Inês Vidigal
Entre 2000 e 2017, o saldo migratório em Portugal registou grandes oscilações, passando de mais 67 mil indivíduos em 2000, a seis anos de saldos negativos, entre 2011 e 2016, e voltando a ser positivo (+4,886) em 2017. Segundo os dados do Eurostat sobre as migrações nos países da UE e EFTA no triénio 2015-17, Portugal integra o grupo de países europeus com saldos migratórios mais negativos, tanto em termos absolutos como relativos. Quando se retiram os efeitos dos fluxos de retorno e de re-emigração, Portugal tem valores ainda mais negativos, sendo apenas ultrapassado pela Lituânia, Roménia, Croácia e Letónia.
Inês Vidigal
Em 2018, as remessas de emigrantes foram superiores a três mil milhões de euros, o que correspondeu a cerca de 1.8% do PIB. Em conjunto, os dois países onde residem mais portugueses, França e Suíça, foram também os países de origem de mais de metade das remessas recebidas. Em sentido inverso, quase metade das remessas enviadas para o estrangeiro por imigrantes residentes em Portugal tiveram o Brasil por destino. De 2017 para 2018 subiu significativamente o valor das remessas recebidas, em mais de 34% em termos nominais. Portugal foi, em 2017, o 31.º país do mundo que recebeu mais remessas de emigrantes. Porém, o seu grau de dependência económica das remessas da emigração tem decrescido nas últimas décadas, sendo hoje baixo pelos padrões internacionais.
Ana Filipa Cândido
De acordo com os dados da DIOC 2010/11 (base de dados sobre imigrantes portugueses nos países da OCDE), cerca de 1 milhão e 400 mil portugueses estavam emigrados em países da OCDE. No diz respeito às qualificações, os emigrantes portugueses possuíam maioritariamente um nível de escolaridade baixo, incluindo nos países em que existia um maior stock de portugueses. Ainda que existisse um predomínio de emigrantes com baixa escolaridade, assiste-se a um aumento do número de emigrantes com escolaridade mais alta no caso dos que emigraram mais recentemente, isto é, quando o tempo de estadia corresponde a um ano ou menos. A emigração mais recente tende, pois, a ser mais qualificada.
Inês Vidigal
Análise de uma série estatística longa sobre as entradas de migrantes estrangeiros no Canadá. A série, de periodicidade anual, inicia-se em 1966 e termina 50 anos depois, em 2016, no caso dos dados sobre entradas totais de estrangeiros e de portugueses naquele país. Os dados sobre as restantes nacionalidades de migrantes entrados no Canadá cobrem um período mais curto, de 35 anos, com início em 1980 e fim em 2015. A análise da série permite identificar o declínio da emigração portuguesa para o Canadá e suas relações com a evolução da imigração canadiana em geral. Esta evolução é marcada pelo progressivo declínio das origens europeias dos migrantes entrados no Canadá e o crescimento, em contrapartida, da imigração asiática.
Isabel Tiago de Oliveira, Pedro Candeias, João Peixoto, Jorge Malheiros, Joana Azevedo
Na primeira década deste século (2001-2011) regressaram a Portugal pelo menos 233 mil emigrantes com naturalidade portuguesa. Mais de dois terços destes emigrantes regressaram de França, Suíça, Espanha, Reino Unido e Alemanha. Mais de três quartos voltaram durante a idade ativa, estando em idade de reforma menos de um quinto. Entre os que tinham 15 ou mais anos a escolaridade era tendencialmente baixa: quase 60% tinha no máximo o 9.º ano de escolaridade, menos de 30% o ensino secundário e pouco mais de 10% o ensino superior. Em termos de condição perante o trabalho, a situação mais frequente era a de emprego (mais de 40%), seguida da de reforma (cerca de 25%) e da de desemprego (pouco mais de 10%). Por último, dos emigrantes regressados que exerciam uma profissão, cerca de 80% era empregado por conta de outrem.
Mara Clemente
Entre 2008 e 2014 foram sinalizadas em Portugal 1,110 pessoas traficadas. Cerca de um quarto dessas pessoas eram cidadãos de origem portuguesa. Tratava-se, principalmente, de homens explorados no trabalho, dentro ou fora do país. A experiência de alguns atores diretamente envolvidos na luta contra o crime de tráfico de seres humanos (TSH) permite entender melhor o problema. Estudos qualitativos aprofundados, com o envolvimento das pessoas traficadas, poderiam contribuir não só para o conhecimento do fenómeno como para melhor prevenir e assistir os cidadãos traficados.
Rui Pena Pires e Inês Espírito-Santo
De acordo com os dados do Eurostat sobre as migrações nos países da UE e EFTA, Portugal, que apresentava um saldo migratório positivo de quase 47 mil indivíduos em 2000, passou a ser, em 2013, um dos países europeus com saldo mais negativo em termos absolutos (-36 mil indivíduos) e relativos (-0.3% da população residente). Naquele ano, só Polónia, Grécia e Espanha apresentavam saldos mais negativos, em termos absolutos. Descontando os efeitos dos movimentos de retorno, em pior situação do que Portugal apenas apareciam Polónia e Roménia.
Cláudia Pereira, Nuno Pinto, Rui Pena Pires
Numa amostra de 349 enfermeiros portugueses emigrados no Reino Unido, cerca de metade eram jovens recém-licenciados, com menos de 25 anos, que aqui encontraram o seu primeiro emprego. Em regra, o emprego no Reino Unido foi obtido através de agências empregadoras que, neste país ou em Portugal, recrutam enfermeiros portugueses. Na maioria dos casos, a emigração traduziu-se em percursos de mobilidade profissional.
Inês Vidigal & Rui Pena Pires
Em 2013, o Banco de Portugal registou, na rubrica das remessas de emigrantes, mais de três mil milhões de euros transferidos para Portugal, o que correspondeu a cerca de 1.8% do PIB daquele ano. Em conjunto, os dois países onde residem mais portugueses, França e Suíça, foram também os países de origem de mais de metade das remessas recebidas. Em sentido inverso, quase metade das remessas enviadas para o estrangeiro por imigrantes residentes em Portugal tiveram o Brasil por destino. Em 2012 e 2013 subiu significativamente o valor das remessas recebidas, em mais de 10% ao ano em termos nominais. Portugal foi, em 2012, o 29.º país do mundo que recebeu mais remessas de emigrantes. Porém, o seu grau de dependência económica das remessas da emigração tem decrescido nas últimas décadas, sendo hoje baixo pelos padrões internacionais.
Rui Pena Pires, Cláudia Pereira, Inês Espírito-Santo
Segundo os dados dos censos de 2011, mais de um milhão de portugueses estavam emigrados nos países da União Europeia e da EFTA. França, Luxemburgo e, em menor grau, Alemanha destacavam-se entre os antigos países de emigração. Suíça, Reino Unido e Espanha eram os novos países da emigração portuguesa na Europa.

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