António Larguesa
A
desvalorização, de 50%, da moeda venezuelana deve originar uma quebra
significativa no envio de remessas dos emigrantes portugueses radicados naquele
país da América Latina.
A medida imposta pelo governo de Hugo Chávez com o argumento de impulsionar a
economia, controlar o défice e estancar a saída de dólares do país poderá
afectar também a médio prazo as exportações de bens portugueses, que irão
perder competitividade face aos concorrentes locais.
Depois de crescerem 76,8% em 2007, em 2008 as remessas com origem na Venezuela
ascenderam a 19,2 milhões de euros, representando 0,8% do total das verbas
transferidas pela diáspora portuguesa. Apesar de reconhecer que a mudança
radical na política monetária "pode efectivamente afectar" este
movimento de capitais, o economista Manuel Caldeira Cabral sublinha ao Negócios
que, na perspectiva das contas nacionais, este valor "não é muito expressivo".
Jornal de Negócios, aqui.