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Primeiro-ministro ofereceu almoço à comunidade portuguesa em Moçambique
2010-03-03
Portugueses aproveitaram para pedir melhores reformas, bolsas para doutoramentos e ajuda para as empresas

Sócrates não podia deixar de cumprimentar a comunidade portuguesa em Moçambique- vivem no país cerca de 11 mil portugueses- e hoje o almoço foi por sua conta no Hotel Indy em Maputo.

 A adesão foi enorme e vestiram-se a rigor para ouvir o discurso do primeiro-ministro português. Entre bandejas de panados, chamuças e croquetes, Sócrates falou no orgulho que Portugal tem na sua comunidade em Moçambique.

"Temos orgulho no trabalho que fazem pelo desenvolvimento de Moçambique. Temos orgulho em tudo o que os portugueses aqui fazem para estreitar as ligações entre dois povos e estes dois países irmãos", começou para explicar que a sua visita acontece num momento "bom". Quatro anos depois de resolvida "a pedra no sapato", como chamou Sócrates à barragem de Cahora Bassa, que atrapalhava as relações entre os dois países, neste momento os laços estão estreitos e podem apertar ainda mais. E por isso "há que aproveitar a oportunidade".

A sua visita acompanhado de uma grande comitiva com nove membros do Governo e 55 empresários vem dar um novo folgo a esta relação com Moçambique, mas para o sucesso ser completo, diz Sócrates, todos têm de ajudar. "Precisamos de todos vós", disse, acrescentando que "a melhor forma de honrarem as relações entre os dois países é serem bons cidadãos em Moçambique".

E terminou com um grande :"Viva Portugal, Viva as relações entre Portugal e Moçambique. iência não repetiu as palavras, mas bateu palmas. A seguir Sócrates circulou pela sala cheia, descontraído e com segurança reduzida espalhando sorrisos e cumprimentos. E os portugueses aproveitaram para pedir de tudo um pouco.

Foi o caso de Margarida Silva de87 anos. Nascida na Figueira da Foz e a viver desde os 8 anos em Maputo aproveitou o facto do chefe de Governo a ir cumprimentar para lhe perguntar se achava bem que uma senhora da sua idade vivesse com menos de 500 euros de reforma."Disse-me que achava que dava", contou Maria Ferreira ao CM, sublinhando que só lhe perdoava porque era "Jeitoso".

Maria Ferreira vive em Moçambique há três anos com o marido que é empresário na area das tecnologias e pediu a Sócrates mais bolsas para fazer doutoramentos. "pedi que não as reduzisse porque há quem precise delas e Sócrates disse que ia manter e melhor e não reduzir", contou satisfeita. Faruk Sultani, é português e nasceu em Lisboa, foi interceder pelas pequenas e médias empresas. Do Primeiro-ministro levou uma resposta optimista: "Estamos a tratar disso".

Correio da Manhã, aqui.

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