Por VNN
Staff / com NYT, Jornal de Noticias e Correio da Manhã
Assolada pelo défice e
alto índice de desemprego, a economia portuguesa está a ser redireccionada para
a África onde as antigas colónias, principalmente Angola, podem servir de tábua
de salvação para muitos operadores lusitanos.
A visita a Luanda do presidente português, Aníbal Cavaco Silva, a partir do
próximo domingo, pode ser entendida como uma tentativa de recuperar terreno
ante uma concorrência internacional que vai ganhando terreno em relação à
antiga potência colonial.
Fora do espaço europeu, Angola é hoje o destino de 7% dos produtos lusos,
principalmente de equipamentos industriais, alimentos e bebidas.
Mais do que destino de mercadorias, o país da África Austral é alternativa para
milhares de desempregados que lotam o consulado de Angola em Lisboa, em busca
de um visto de trabalho. A emigração portuguesa para Angola cresceu de 156
pessoas em 2006, para 23,787 em 2009, de acordo com dados oficiais.
"Angola
é apelativa ao trabalho. Em Portugal, as pessoas têm a ideia de que isto é o
Eldorado, mas desenganem-se. Há muita concorrência, principalmente dos chineses
e brasileiros que para cá vêm, e é preciso trabalhar muito", disse um dos
imigrantes em
entrevista ao Jornal de Notícias.
Segundo o diário português "Correio da Manhã", a legalização é uma das tarefas
árduas a ultrapassar, pois o visto de trabalho é um dos principais problemas.
Em Angola ninguém está autorizado a trabalhar se não tiver o visto de trabalho.
"Para ultrapassar essa dificuldade há empresas com funcionários portugueses que
a cada três meses viajam para Portugal por 30 dias para regressar depois com
novo visto. É um esquema que as autoridades sabem que funciona, mas fazem vista
grossa porque está a servir para o desenvolvimento económico do país", apurou o
CM.
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