A nova vaga de emigração portuguesa, aliada à baixa natalidade em
Portugal, terá "efeito grave na sustentabilidade da Segurança Social e
nas Finanças Públicas a longo prazo", alertou, em declarações à Lusa, o
investigador Álvaro Santos Pereira.
"A questão dos novos fluxos
de emigração não está a ser tomada em conta pelo Governo português e
terá efeito grave", aumentando os sinais de fragilidade já existentes
na sustentabilidade financeira da Segurança Social em Portugal,
considerou à agência Lusa o investigador português da universidade
canadiana Simon Fraser, na Colúmbia Britânica.
Se, por um lado,
o volume de pessoas que saem está a levar a um novo aumento das
remessas de dinheiro enviadas para Portugal, ajudando a minorar o
défice da balança comercial, por outro, a emigração tem a faceta
contraproducente de traduzir uma perda da força de trabalho, reduzindo
o efeito rejuvenescedor das contribuições sociais, e diminuindo a
capacidade reprodutiva, fatores que a imigração não está a
contrabalançar.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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