Uma toalha de linho branca da Madeira, porcelanas,
cristais e cutelaria da Vista Alegre, um presépio do Museu do Azulejo e
quadros e cadeiras, uma reprodução do Museu de Arte Antiga são alguns
dos elementos que compõem a mesa de Natal portuguesa, exposta até final
deste mês num luxuoso centro comercial de Xangai. Já em 2009, o mesmo
espaço convidou vários países europeus a montar ali árvores de Natal
características.
"Este ano, e por sugestão do Consulado Geral de
Portugal, o desafio aceite também por França, Itália, Áustria,
Finlândia, Grécia, Alemanha e Bélgica, foi o de mostrar mesas típicas,
preparadas para a consoada", explicou o Cônsul-geral de Portugal em
Xangai.
A participação portuguesa visa "abrir perspectivas para a
promoção de Portugal, enquanto país produtor de produtos de qualidade e
de excelência e encorajar as marcas portuguesas a instalar-se nesta
cidade que se está a transformar numa das montras do luxo e da
sofisticação a nível mundial", sublinhou.
Joaquim Moreira de Lemos
revelou ainda que o espaço da exposição foi disponibilizado "a custo
zero" e que a preocupação foi mostrar o que Portugal faz bem. Todos os
objectos expostos foram cedidos, como a tolha bordada à mão enviada
pelo Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, que
cedeu também uma garrafa de Bual 1954 e um bolo de mel.
Bolo-rei em Xangai
Na
mesa de consoada portuguesa não falta até um bolo-rei «legítimo»,
encomendado por Joaquim Moreira de Lemos a uma rede de pastelarias
local, que o confeccionou com base numa receita cedida pela mulher do
cônsul. O bolo-rei foi confeccionado não apenas para a recepção
inaugural da exposição, mas para posterior venda nas lojas da rede de
pastelarias - a mesma que confeccionou com sucesso os pastéis de nata
no Pavilhão de Portugal na Exposição Mundial de Xangai. Joaquim Moreira
de Lemos espera que este possa ser mais um instrumento de afirmação da
presença portuguesa naquela região da China.
A.G.P.
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