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Luxemburgo já não é “el dorado", mas portugueses sentem-se bem
2010-12-21
"Há muitas dificuldades no Luxemburgo para encontrar uma trabalho e um alojamento”, avisa o presidente do CASA, José Trindade.

O Luxemburgo é um dos países europeus onde os efeitos da crise menos se faz sentir. Não está imune ao crescimento do desemprego, mas os esquemas de protecção social funcionam e poucos pensam em abandonar o país, muito menos os elementos da comunidade portuguesa.

José Trindade, presidente do Centro de Apoio Social Associativo (CASA) garante que os mais velhos estão perfeitamente integrados e não pensam regressar definitivamente a Portugal.

"Poucos são aqueles que mudam a sua residência directamente para Portugal. Não mudam por uma razão simples: a Segurança Social não tem nada a ver com a Segurança Social que temos em Portugal, embora as coisas tenham melhorado", explica José Trindade.

Os portugueses a viver no Luxemburgo são mais de 100 mil - um quinto da população - e continuam a chegar. Mas são precisamente estes, muitas vezes licenciados de cursos que não correspondem às necessidades do mercado de trabalho do país, que preocupam os responsáveis associativos.

O Conselheiro das Comunidades Portuguesas no Luxemburgo, Eduardo Dias, refere que o mercado laboral daquele país precisa, sobretudo, de técnicos que "percebam de ar condicionado,  de aquecimento, de estradas, de construção".

Por isso, o presidente do CASA, José Trindade, deixa um conselho: esta não é uma boa altura para procurar emprego naquele pequeno país europeu.

"Não se devem meter à estrada para encontrar um trabalho, porque há muitas dificuldades no Luxemburgo para encontrar uma trabalho e um alojamento",  avisa José Trindade.

Outra grande condicionante é a língua e nesse ponto todos são unânimes: quem não fala Francês dificilmente arranja trabalho. Para os empregos disponíveis, os portugueses têm que contar com a concorrência de franceses e alemães que, para mais, se mostram mais disponíveis para aceitar qualquer trabalho.

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