A situação na Costa do Marfim continua tensa, mas a secretaria de Estado das Comunidades garante que os portugueses estão bem e não pediram para sair.
Apesar disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros deixou a recomendação para que os 12 portugueses abandonem temporariamente o país.
Filomena Lopes é angolana, casada com um português que reside em
Abidjan, capital marfinense, e diz que na comunidade portuguesa o
consenso aponta para a permanência no país.
"Os portugueses que eu
conheço estão calmos, mas à espera do pior. As pessoas estão
preocupadíssimas, mas a saída não é a solução de momento", disse.
Na capital vigora o recolher obrigatório, mas "de manhã, continuam a aparecer cadáveres na rua".
Bem diferente parece ser a situação noutros pontos do país.
Koffi Tougbo, responsável pelo departamento de português na Universidade de Cocody, situada no sul daquele país, conta que, na semana passada, houve alguns problemas envolvendo os transportes públicos mas, nesta altura, a situação já está normalizada.
Este costa-marfinense não acredita na possibilidade de uma guerra civil.
Dois Presidentes continuam a reclamar o poder na Costa do Marfim: Laurent Gbagbo perdeu as eleições, mas não deixa o cargo. Alassane Ouattara foi reconhecido como vencedor pela comunidade internacional.
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