Após uma visita e encontro com o cônsul geral, José Macedo Leão, o
deputado da Emigração no círculo da Europa afirmou à Agência Lusa que
"neste momento existem várias possibilidades para resolver os problemas
do consulado".
"A mudança é possibilidade, da mesma maneira que
terão de ser ponderadas todas as possibilidades, inclusivamente, e no
limite - sublinho, no limite - a possibilidade de se manterem as
actuais instalações", vincou.
Numa passagem pela capital
britânica em Setembro de 2010, o secretário de Estado das Comunidades
Portuguesas, António Braga, deu conta do avanço do processo e
mostrou-se convencido de que seria possível fazer a mudança completa
até final de 2010 ou meados de Janeiro de 2011.
Os problemas no
atendimento do consulado têm sido motivo de críticas da comunidade,
funcionários e partidos da oposição e o próprio Governo admitiu a
necessidade de melhorar o serviço.
Com a nova "estrutura",
prometeu Braga, seria possível obter "ganhos na qualidade do serviço e
também fluidez na recepção e no tratamento das questões baixando
drasticamente os tempos de espera e qualificando em geral o seu
serviço".
Passados três meses, Paulo Pisco admitiu que "o
compromisso não foi cumprido" e queixou-se de problemas em "encontrar
instalações que possam acolher uma funcionalidade que o consulado tem
com todas as suas necessidades de espaço de forma a prestar um serviço
público".
A hipótese que estava a ser ponderada até há pouco
tempo tinha como pontos fracos o acesso difícil para pessoas de
mobilidade reduzida e a falta de condições de trabalho.
Agora, o
deputado chega a admitir a sugestão do cônsul de permanecer no edifício
actual, que possui ainda salas desocupadas, e o investimento ser feito
no "reforço em termos de funcionários para melhorar os serviços".
"Irei transmitir ao Governo essa preocupação", adiantou.
Embora
tenha sido reforçado recentemente, o consulado, incluindo o cônsul
adjunto, funciona com apenas 16 funcionários, depois de um de se ter
recentemente aposentado e outro ter pedido transferência.
Contactada
pela Lusa, fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades
referiu que as "diligências" para resolver os problemas de
funcionamento do consulado "estão em curso", acrescentando que "logo
que seja encontrada a solução será anunciada".
Paulo Pisco
encontrou-se também hoje com Steve Reed, o líder de Lambeth, zona no
sul de Londres onde se concentra a comunidade portuguesa, com o qual
aproveitou para discutir dificuldades no ensino do português.
O
deputado afirmou que a autoridade local se "comprometeu a apoiar
esforços da Coordenação do Ensino para desonerar carga financeira com o
aluguer de salas" usadas para as aulas de português fora do horário
escolar.
Steve Reed adiantou ainda à Lusa que tinha sido
encontrada uma solução para manter em funções Luísa Ribeiro, a
professora consultiva para o ensino português que tinha sido despedida
por cortes do financiamento do Governo britânico.
Público, aqui.