A crise e falta de oportunidades em Portugal foram os elementos motivadores para que dois jovens abandonassem o país e
escolhessem os Estados Unidos para começar uma nova vida, com novas esperanças.
João
Santos Matos é jornalista. Chegou aos Estados Unidos há sete meses já
com a certeza de um posto de trabalho que em Portugal deixou de ter. Vê
a América do Norte como o «país das oportunidades», numa altura em que
trabalhar na área se tornou «complicado».
«Num
momento em que a maioria das empresas de media trabalha
maioritariamente com estagiários não remunerados, deparei-me com duas
opções: ou mudo de profissão para sempre ou mantenho vivo o meu
espírito de jornalista, mas noutras paragens», explica à Agência Lusa.
Licenciado em
Ciência Política em Lisboa, João passou por dois grupos de media
portugueses sempre ligado ao jornalismo automóvel, até que por
«alegados cortes financeiros» a Motorpress Lisboa procedeu a «um
despedimento colectivo».
Foi
por iniciativa própria que entrou em contacto com diversos meios de
comunicação no estrangeiro acabando por ter um feedback «positivo» do diário português 24horas de Newark, perto de Nova Iorque.
Apesar
das saudades, o regresso «não faz parte dos planos futuros». A
percepção do Estado do país é-lhe dada pela informação dos meios de
comunicação e pelo que os amigos e familiares descrevem.
Também Sónia Barros, outra jovem emigrante há quatro meses nos Estados Unidos, considera
que «o país está numa situação muito complicada», o que a faz adiar o regresso.
«Quero
voltar, mas não para já. Estou à espera que a situação melhore. Se isto
continua assim, não sei como vou fazer», diz a jovem bartender que vive perto
de Nova Iorque.
Agência Financeira, aqui.