Embora a um ritmo menor do que o crescimento verificado entre 2008 e 2009, a progressão impulsionou a subida do valor das remessas de emigrantes portugueses no conjunto dos PALOP mais Timor-Leste.
O valor do dinheiro que entrou em Portugal vindo de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste é quase quatro vezes superior ao valor das remessas enviadas de Portugal para os PALOP e Timor-Leste, que desde 2008 está a cair e ficou, no ano passado, em 51,1 milhões USD, menos 11,6% face a 2009. A maior queda registou-se entre os cabo-verdianos, que enviaram para o seu país de origem 17,7 milhões USD, uma descida de 38,3%.
Segundo os dados do supervisor bancário, Angola ao contrário dos restantes cinco países, tem verificado um saldo positivo desde 2005.
A subida das remessas dos emigrantes levou a que, pelo segundo ano consecutivo, Portugal conseguisse um saldo favorável nas transferências correntes com o conjunto destes países. A diferença é de 143,9 milhões USD, um aumento de 53,7%.
Em 2010, só no caso de Timor-Leste é que houve também um saldo positivo, embora comparativamente inferior - de 275,6 mil USD -, o que se explica com o valor residual das remessas de emigrantes e de imigrantes.
Quanto às remessas enviadas por imigrantes em Portugal, só se registou um crescimento no valor das com destino a Moçambique e Angola. Neste último caso, o aumento foi de 16,9 milhões USD para 18,6 milhões (de 2009 para 2010), embora o crescimento não seja suficiente para ficar ao nível de 2005, antes da crise financeira, quando estava nos 13,7 milhões.
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