O sociólogo João Queirós afirmou esta quarta-feira que a criação de uma agência nacional para ajudar quem queira emigrar, como defendeu o eurodeputado Paulo Rangel, é desnecessária, porque o fenómeno é inato à sociedade portuguesa.
A emigração «é uma tendência estrutural da sociedade portuguesa», afirmou em declarações à agência Lusa, sublinhando que «com agência ou sem agência, as pessoas sempre seguiram esse trilho quando as circunstâncias em Portugal» se tornaram mais difíceis.
O facto de se falar cada vez mais sobre emigração deve-se, segundo o sociólogo João Queirós, apenas a um aumento da atenção dada ao tema nos últimos meses.
«Apesar de haver este ressurgimento da atenção sobre o assunto, em virtude da situação económica e social e também da atenção que os políticos têm concedido ao tema, a verdade é que nos últimos anos, e em particular nos últimos 6 ou 7 anos, o fenómeno da emigração já tem sido uma presença muito forte no quotidiano de milhares de trabalhadores portugueses», lembrou o sociólogo.
A Lusa contactou também o secretário de Estado das Comunidades para saber se a criação de uma agência para ajudar a emigrar é uma possibilidade que esteja a ser estudada, mas José Cesário preferiu não comentar o assunto, alegando não querer falar sem fazer uma análise detalhada.
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