Segundo Allan Katz, que falava aos jornalistas antes de uma sessão sobre "O futuro das relações União Europeia - Estados Unidos da América" na Reitoria da Universidade do Porto, a política de obtenção de vistos só é alterada para quem quer um documento que permita residência e não para estudantes ou turistas.
A embaixada dos Estados Unidos em Lisboa e o consulado-geral em Ponta Delgada vão deixar de emitir vistos de imigração para portugueses, passando o processo a ser assegurado pela representação norte-americana em Paris.
"Se a escolha é imigrar, o que significa que, em último caso, se vão tornar cidadãos ou residentes permanentes nos Estados Unidos, sim, têm de ir a Paris por sua conta. Caso contrário, nada muda", disse o embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, Allan Katz.
O representante norte-americano lembrou que "é importante compreender o quão limitada é a mudança", destacando que o que aconteceu foi a "consolidação de uma série de serviços em todo o mundo simplesmente porque, como todos os governos", os Estados Unidos estão a "tentar poupar algum dinheiro".
Um comunicado da embaixada em Lisboa divulgado na semana passada anunciou que a partir de 1 de Março "todas as novas entrevistas para os vistos de imigrante nos EUA e da lotaria de vistos para residentes de Portugal e França passarão a ser efectuadas na embaixada em Paris".
Entretanto, o Governo português já veio desvalorizar a alteração na política de vistos de residência dos Estados Unidos, sublinhando que "a prioridade" são os vistos de turismo e que a medida "não é dirigida".
Em declarações à Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, explicou que "a prioridade" na negociação com os Estados Unidos tem sido a "manutenção de Portugal no Programa Visa Waiver", que corresponde ao antigo visto de turismo, regula as estadas curtas, permitindo a circulação de cidadãos entre Portugal e Estados Unidos sem visto e obriga apenas à utilização de um passaporte electrónico e preenchimento de um formulário. Em 2010, este sistema foi utilizado por "156 mil pessoas", referiu.
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