Lisboa, 08 jul 2012 (Ecclesia) - A Igreja Católica em Portugal quer continuar a acompanhar os emigrantes lusos nos seus locais de destino, num momento em que aumenta o número de saídas do país.
A posição é assumida no documento conclusivo do Encontro Internacional da Pastoral das Migrações, hoje enviado à Agência ECCLESIA.
Os participantes "consideraram de suprema importância dar continuidade ao acompanhamento pastoral dos emigrantes em língua portuguesa, independentemente do país em que estes se encontram, ou das resistências e dificuldades que possam surgir".
O documento sublinha o "novo contexto de contínuo crescimento da emigração portuguesa" e o facto de "a língua materna ser o primeiro vínculo da fé" destas comunidades.
A reunião internacional decorreu em Alfragide, arredores de Lisboa, entre segunda e sexta-feira, no contexto das celebrações dos 50 anos da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM).
Na sequência deste encontro, anuncia o comunicado final, vai ser elaborado um texto que "servirá de base para a reflexão e orientação do trabalho pastoral".
"O documento, uma vez elaborado e aprovado pela Comissão Episcopal, será tornado público como meio de divulgação e sensibilização da Igreja em Portugal, para esta realidade pastoral e como instrumento de formação para aqueles que trabalham ou virão a trabalhar no campo da pastoral das migrações", pode ler-se.
O encontro internacional juntou os Secretariados Diocesanos de Migrações, as Missões Católicas de Língua Portuguesa da diáspora e a Capelania Nacional de Imigrantes Ucranianos de Rito Bizantino.
O encerramento da iniciativa deu-se no Santuário de Cristo Rei, em Almada, com a celebração de uma eucaristia de ação de graças pelos 50 anos da OCPM presidida por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Agência Ecclesia, aqui.