"Admiro o vosso exemplo, a vossa audácia, a vossa fibra, a vossa coragem para se deslocarem para terras distantes para alcançarem uma vida melhor", disse o Presidente da República, falando a cerca de 500 portugueses reunidos em Maputo.
"É bom que os portugueses de Portugal conheçam os exemplos da nossa diáspora, conheçam os exemplos dos portugueses que vivem e trabalham em Moçambique", prosseguiu o Presidente.
Mas, após referir que as autoridades fazem "um esforço para uma política consistente de valorização" das comunidades portuguesas, advertiu para a necessidade de um olhar virado para o futuro.
"Aqui em África, aqui em Moçambique, o olhar tem que estar virado para o futuro, não pode ser uma retórica passadista, num continente e num país em que o futuro se constrói todos os dias, em que todos os dias nascem oportunidades e que é preciso que aqueles que aqui trabalham revelem todos os dias dinamismo e capacidade para vencer as dificuldades", disse.
"É nesse sentido que governo e Presidente da República procuram atuar numa estratégia que seja coerente para valorizar esse ativo imenso e precioso que são as comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo", acrescentou o Presidente.
Tal como fizera horas antes, num encontro com empresários portugueses baseados em Moçambique, Cavaco Silva mostrou-se confiante numa quinta avaliação positiva da "troika" à execução do programa de assistência económica e financeira, em agosto.
"O nosso país está a fazer a sua parte, a nossa tradição é a de cumprirmos os compromissos que assumimos com as instituições internacionais. Foi assim no passado, é assim agora e estou convencido que será assim no futuro", declarou.
Aníbal Cavaco Silva está desde terça-feira em Maputo para participar na sexta-feira na 9.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Criada em julho de 1996, a CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
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