Texto Juliana Batista
Os portugueses residentes em habitações
sociais no Luxemburgo e notificados para abandonarem as suas casas até
ao final do ano não serão obrigados a sair das residências onde estão,
assegurou José Cesário, secretário de Estado das Comunidades
Portuguesas, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA. A situação dos
emigrantes, é, na opinião do governante, uma situação «delicada» onde
existem casos de «vária natureza» e «muito diferenciados».
De
acordo com José Cesário, existem nas habitações sociais situações de
pessoas que «precisam de atenção», que não estão «em condições de ir
para lado nenhum e terão de se manter lá». «A nossa embaixada está em
contacto direto com o ministério competente do Luxemburgo, com a senhora
ministra da tutela e já temos a indicação que nenhuma dessas pessoas
será obrigada a sair», revelou.
Quanto aos portugueses que vivem uma situação estável, terão de
arranjar outra opção de alojamento e vão ter tempo para a conseguirem.
«Aqueles que têm situações estáveis terão, obviamente, de arranjar uma
alternativa em termos de alojamento. Essas pessoas terão um período para
conseguir essa alternativa, tanto quanto me dizem, que não será o
inverno», esclareceu.
Para José Cesário, as habitações onde vivem os emigrantes portugueses
estão destinadas ao alojamento «para o máximo de três anos», de pessoas
em situações de fragilidades sociais como o caso de «emigrantes
recentes» e «pessoas sozinhas, nomeadamente homens». Contudo, existem
emigrantes que residem lá há duas décadas.
«Dizem-me, e tenho
esta informação proveniente, quer de fontes oficiais, quer de fontes
particulares, ou seja, da comunidade, que há lá pessoas há 20 anos. E,
portanto, eu não posso comparar a pessoa que está há 20 anos e que está
empregada, que tem uma fonte de rendimento, com a pessoa que está há um
ano ou há dois e que porventura até está desempregada», explicou o
secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à margem do Encontro
de Promotores Socioculturais que iniciou sexta-feira, 2 de novembro, em
Fátima.
Fátima Missionária, aqui.