O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que reduzirá em 4,2 por cento as despesas do Ministério em 2013, quadro em que vai privilegiar o ensino do português no estrangeiro e a revisão do estatuto diplomático.
Paulo Portas falava perante deputados das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Orçamento e Finanças na Assembleia da República, no âmbito da fase de debate na especialidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2013.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros defendeu que, no próximo ano, o objetivo do seu Ministério será o de ter "contas arrumados, mas mantendo opções" estratégicas ao nível da política externa, casos da diplomacia económica, do ensino do português no estrangeiro e da reforma "modernizadora e flexibilizadora" do estatuto diplomático.
Na gestão interna do Ministério, Paulo Portas referiu que serão cortados no conjunto de 2012 e de 2013 4,2 milhões de euros nos consumos intermédios e adiantou que poderão ser arrecadados 30 milhões de euros com a alienação de imóveis que são dispensáveis para a política externa do Estado Português e que têm custos de manutenção na ordem dos 300 mil euros anuais.
Paulo Portas salientou também que o Governo vai manter "o esforço de investimento da língua portuguesa" no exterior, a par com a continuação da "valorização da diplomacia económica".
"Apesar do ambiente geral de contenção, o Ministério dos Negócios Estrangeiros garantiu uma renovação do pessoal diplomático. Há uma renovação geracional em curso. Quero que a linguagem comercial seja uma linguagem natural para os nossos diplomatas", disse.
Na sua intervenção, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros declarou ainda que uma das suas batalhas vai passar por impedir o aumento do endividamento do Estado Português perante instituições internacionais a que tem de pagar quotas, casos da NATO, das Nações Unidas, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa ou da Comunidade Ibero-Americana.
Dívidas que Paulo Portas disse terem-se "acumulado" ao longo de anos em organizações internacionais nas quais "Portugal quer ter uma posição importantes e credível".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
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