"Isto é claramente o próximo passo que temos claro, é exatamente estreitar cada vez mais para que este que já é o segundo mercado na América Latina para Portugal, venha a ser ainda um mercado mais importante", disse o governante em declarações à Agência Lusa.
Almeida Henriques encontra-se em Caracas, a convite da comunidade lusa, onde domingo participou num almoço organizado pela Academia do Bacalhau, que reuniu mais de 500 empresários, e participa hoje no seminário Portugal - Venezuela: parcerias para o Futuro", promovido pela Câmara Municipal do Funchal.
"(Estou) aqui com um duplo objetivo: por um lado trazer à comunidade portuguesa de Caracas e da Venezuela a estima que o governo português tem e o apreço pelo trabalho que têm vindo a fazer para ajudar o país a sair desta situação difícil, e concretamente neste objetivo que conseguimos atingir no ano passado de ultrapassar os 500 milhões de euros de exportações para a Venezuela", disse.
Almeida Henriques explicou à Lusa que este "é, obviamente, um resultado da comissão mista existente entre os dois países, mas também da boa relação que existe com as empresas e da credibilidade que também têm as empresas de venezuelanos".
"O próximo passo, e foi isto o grande desafio que lancei aqui à comunidade portuguesa, é que mais do que nunca estes nossos navegadores que são os nossos emigrantes espalhados pelo mundo, mais os novos navegadores que são as empresas portuguesas que procuram fazer negócios pelo mundo têm que estar cada vez mais numa relação muito estreita porque as empresas de portugueses aqui na Venezuela podem ser também um veículo de entrada para os produtos portugueses e também a forma de se estabelecerem parcerias", disse.
No seu entender é preciso aproveitar "a boa imagem também que têm os nossos empresários aqui, os que estão cá radicados na Venezuela, mais os empresários que têm vindo de Portugal" para "em conjunto ajudar a desenvolver este magnífico país que é a Venezuela e ao mesmo tempo ajudar as exportações portuguesas, a economia portuguesa e acreditar que Portugal é de facto um país de 15 milhões de habitantes, os 10 milhões que habitam em Portugal, mais os cinco milhões que estão nas comunidades".
"E, neste caso concreto, sendo a comunidade portuguesa na Venezuela tão extensa, tão qualificada e com pessoas já tão entrosadas no tecido social e empresarial é uma boa razão para darmos as mãos e ajudarmos o país", concluiu.
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