Numa altura em que voltaram a aumentar os fluxos de emigração devido à crise, os dados oficiais referem que há ainda 30 países no mundo sem registo de cidadãos portugueses. Dos 194 que constam do Observatório, Portugal tem representantes em mais de 160.
De acordo com dados do Observatório da Emigração, que têm como base os registos consulares, não há informação de portugueses em países como o Afeganistão, Nepal, Tajiquistão, Geórgia, Azerbaijão, Jordânia, Albânia, Madagáscar, Camboja, Maldivas Eritreia, Butão ou Ilhas Salomão.
Outros países sem registo de portugueses são Belize, Brunei, Comores, Djibuti, Ilhas Fiji, Ilhas Marshall, Kiribati, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné, Samoa, São Marino, Tonga, Turquemenistão, Tuvalu e Vanuatu.
No entanto, estes dados podem não corresponder à realidade, tendo em conta que o registo consular não é obrigatório e muitos emigrantes não o fazem ou outros, estando registados, depois de abandonarem determinado país, podem não anular a inscrição.
Dos 194 países e territórios que constam na lista do observatório (ainda não está o Sudão do Sul, que se tornou independente em julho de 2011), em 74 estão registados menos de 50 portugueses.
A Síria é um deles, mas os dados mais recentes referem-se a 2009, antes do início da guerra civil, em março de 2011.
Também em relação ao Mali, onde ocorreu um golpe de Estado em março de 2012 e a intervenção das forças francesas a partir de janeiro deste ano para impedir o controlo do país pelos radicais islâmicos, os dados mais recentes referem-se a 2005.
Neste grupo com registo de menos de 50 portugueses, estão países como Bielorrússia, Birmânia, Burkina Faso, Cazaquistão, Coreia do Norte, Etiópia, Guiné Equatorial, Iémen, Irão, Mali, Mongólia, Ruanda, Ucrânia, Uzbequistão ou Vietname.
De acordo com os mesmos dados, os países com maiores comunidades portuguesas são a França (1.190.798), o Brasil (612.203), o Reino Unido (500.000), a Suíça (288.465) e a Venezuela (268.500).
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