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Rio de Janeiro oferece oportunidades para jovens licenciados em Portugal até 2016
2013-07-10

O investimento em qualificação, por meio de cursos, sejam eles técnicos, ou de pós-graduação e a busca de sugestões criativas para os negócios são algumas das saídas apontadas pelo presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, para as pessoas enfrentarem o ano de 2013/2014. Para ele, quem quer se manter empregado ou buscar uma recolocação, independentemente da actividade exercida, deve ainda ampliar sua rede de contactos, trabalhar mais e buscar soluções criativas para os negócios.

O presidente da ABRH-RJ acha que os jovens formados em Portugal e em alguns países da Europa poderiam ter uma grande oportunidade no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, até 2016, com as olimpíadas, pois vai precisar de mão-de-obra jovem e qualificada. Eles podem chegar e se espalharem por um rico país em crise e oportunidades, para uma mão-de-obra qualificada.

Sardinha, neto de comerciantes portugueses, que ainda tem propriedades na "terrinha" director da Turbomeca, empresa francesa, que fabrica turbinas de helicóptero e coordenador da pós-graduação em Gestão de RH, no IBMEC, ressalta ainda que o momento actual é próprio para se buscar trabalhos e oportunidades com satisfação pessoal, independentemente de ser em uma grande empresa. Para consolidar essa tese, a ABRH-RJ adoptou, para 2013, o slogan «Oportunidades na Crise!».

Com eventos produzidos pela Associação no decorrer deste ano, especialistas e líderes de empresas farão uma exposição sobre o tema, mostrando a importância do valor do trabalho e gerando perspectivas para inserção daqueles que estão fora do mercado. A acção é um incentivo para que os trabalhadores continuem buscando as suas realizações profissionais e as empresas criem ambientes de positividade em momentos de recessão económica.

- É preciso ficar claro que a crise não vai acabar com todos os empregos. A vida segue novamente e precisamos nos adaptar ao novo cenário com as novas profissões que estão surgindo, diz.

 Contra-mão da crise no mar  

Sardinha lembra nestes tempos idos e vividos de Pedro Alvarez Cabral e Cristóvão Colombo, líderes ibéricos, eram craques na gestão de conflitos. Cabral em uma das suas viagens mais famosas descobriu o Brasil e enfrentou várias crises a bordo, que, segundo os historiadores, poderiam ter-lhe custado a cabeça. Segundo registros históricos, a solução das crises ocorreram graças a uma capacidade invejável de comunicar ideias e persuadir os outros. Não por acaso, um dos maiores atributos era a capacidade de contagiar seus subordinados com o propósito de missões. Cabral e Colombo acreditavam piamente estar imbuídos de uma incumbência mística no Novo Mundo, e da conversão de não cristãos. O que hoje soa a desvario e megalomania na época serviu para arrebatar a equipe.

Paulo Sardinha, que faz palestras sobre oportunidades no Rio, usando atractivos culturais e até de antigos navegadores, mostra que o explorador britânico Henry Hudson é o exemplo de um líder que não tinha, portanto, um alvo fraco, ao contrário da habilidade de Cabral ou Colombo na solução de conflitos. Ele era um tipo afável e benquisto pela tripulação, mas tecnicamente fraco. Não deu outra. Em 1611. Hudson foi deposto e largado na baía que leva seu nome, no estado de Nova York.

Como bom neto de português, Paulo Sardinha enfatiza a necessidade de maior visão em marketing e até maior profissionalismo na promoção de vinhos portugueses e outros produtos e serviços. Ele vê a entrada da Amil no mercado português como um belo exemplo, que as empresas dos dois países deveriam considerar, unidos para construir uma ponte pavimentada, com resultado favorável para os dois países. Além da Petrobrás e OI.

Dicas para enfrentar a crise 

PARA QUEM ESTÁ EMPREGADO

  1. Não se deixe contaminar pelo pessimismo e pânico.
  2. Dê à crise a sua real importância.
  3. Se mantenha feliz com o seu trabalho, o que ajuda a criar um clima de confiança.
  4. Trabalhe cada dia como se fosse seu primeiro dia de trabalho.
  5. Esteja preparado para trabalhar mais, melhor e com menos. Como as empresas precisam cortar custos, funções que até então eram terceirizadas, passam a ser executadas pela equipe interna.
  6. Se sentir necessidade, aumente o número de horas trabalhadas. Quando há demissões, a carga de trabalho aumenta.
  7. Busque soluções criativas para os negócios, qualquer que seja sua actividade.
  8. Se torne um profissional imprescindível para a  empresa. Não se contente em fazer o mais do mesmo.
  9. Se for considerado um bom funcionário, é hora de se tornar melhor ainda.
  10. Em empresas em que o clima está tenso, fuja de rodinhas de fofocas e boatos.
  11. Seja empreendedor, trabalhando com projectos e autonomia, não apenas cumprindo tarefas.

PARA QUEM ESTÁ DESEMPREGADO

  1. Busque oportunidades com a crise como no investimento em um novo ramo.
  2. Aproveite para voltar para a sala de aula. Cursos técnicos, de línguas e superior, que sempre foram importantes, passam a ser fundamentais para a volta ao trabalho.
  3. Faça networking. Ou seja, circule e apareça mais, tornando-se conhecido por suas habilidades.

Fonte: Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ)

http://www.abrhrj.org.br/

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