Em declarações à Lusa, Fabienne Rausa-de Luca, técnica da divisão demografia e migração da instituição, explicou que este aumento de portugueses no país é uma tendência que tem apenas dois anos.
"A evolução do saldo migratório de cidadãos portugueses aumentou em 2002, após a introdução de o acordo de livre circulação das pessoas, até 2008. Mas, o saldo migratório diminuiu em 2009 e 2010, explicou.
Esse saldo só revelou um aumento de imigrantes em 2011 e 2012, disse Fabienne Rausa-de Luca.
Desde 2002, a emigração portuguesa na Suíça manteve uma média anual de dez mil pessoas. Em 2007 e 2008, esses valores atingiram respetivamente 15.351 e 17.657 novos imigrantes.
"O que observamos, é que a imigração [de portugueses para a Suíça] é superior" aos quatro mil cidadãos nacionais que todos os anos costumam deixar o país, acrescentou Fabienne Rause.
Os dados do observatório tornados agora públicos indicam que a maioria dos imigrantes na Suíça é originária da União Europeia, com particular destaque para alemães, portugueses, italianos, franceses e espanhóis.
No entanto, entre 2011 e 2012, a tendência mudou e a maioria dos imigrantes chegou principalmente de Europa do Sul, como Grécia, Espanha, Itália ou Portugal, países muito afetados pela crise económica.
Em 2014, o povo suíço deverá votar em referendo uma proposta "contra a imigração de massa", lançada pelo partido conservador suíço UDC em 2012, a qual já foi rejeitada pelos dirigentes políticos suíços em 2013.
O texto visa a limitar o contingente de imigrantes e de autorizações de residência na Suíça.
Negócios online, aqui.