Foram 54 mil os portugueses que decidiram emigrar por um período igual ou superior a um ano, ou seja, de forma permanente, em 2013. Foram mais do que os registados no ano anterior (cerca de 52 mil). Só que se olharmos para trás, percebe-se que esse número mais do que triplicou em cinco anos (em 2009, eram 17 mil), segundo se percebe com base nos dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O INE distingue desde 2011 duas formas de emigração: a permanente (as pessoas saem com intenção de ficar pelo menos um ano fora) e a temporária (a intenção é ficar menos de um ano). Se somarmos o número de emigrantes permanentes aos temporários, conclui-se que em 2013 eram 128 mil os portugueses emigrados.
Este número fica acima do que tinha sido registado nos anos anteriores (121 mil em 2012; 100 mil em 2011), comprovando que a tendência de deixar o país continua a aumentar embora o salto tenha sido maior entre 2011 e 2012.
Olhando para as duas formas de emigração, também se conclui que quatro em dez portugueses saíram de forma permanente. Os restantes, como explica o INE, por definição não são incluídos no saldo migratório, pois não deixam de ser contados como população residente em Portugal. Se fossem, a perda de população de um ano para o outro seria consideravelmente superior aos 60 mil residentes que o país perdeu entre 2012 e 2013 (a população residente passou de 10.487.289 para 10.427.301 habitantes).
Há três anos que o saldo migratório é negativo (em 2013 foi de -36.232). Este ano o número é ligeiramente inferior ao que tinha sido em 2012 (-37.352), para o qual contribuiu o aumento do número de imigrantes permanentes (passou de aproximadamente 15 mil em 2012 para cerca de 18 mil em 2013).
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