É um dos principais desafios saídos do XV Encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações que terminou ontem em Setúbal, centrado no tema "Migrações e Família".
«Terá chegado a hora» de procurar novos modelos de animação pastoral das comunidades católicas na diáspora a partir de projetos bilingues, inseridos nos contextos de destino, que permitem enriquecimentos recíprocos", refere o documento conclusivo deste encontro.
Organizado pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, Agência Ecclesia, Cáritas Portuguesa, e pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, esta reflexão apontou para a inclusão no debate em curso a partir da realização do Sínodo sobre a Família "o realismo do percurso de cada família" e a consequente "atenção pastoral".
Os participantes concluíram que são necessárias estratégias que construam uma "visão positiva da emigração" e que requalifiquem as estruturas de acolhimento. Por outro lado, os dados estatísticos da emigração, que são comparáveis aos dos anos 60, dão uma nova leitura da mobilidade humana na actualidade, o que permite concluir que é necessária a inclusão de respostas sociais nos projectos das missões católicas na diáspora portuguesa, porque é novamente urgente ajudar na "procura de emprego ou casa", por exemplo.
Preocupações partilhadas também por D. Vitalino Dantas, responsável pelo sector da Mobilidade Humana na Comissão Episcopal da Pastoral Social. Em entrevista ao jornalista Domingos Pinto, o bispo de Beja começa por apontar grandes prioridades da igreja, quer na diáspora, quer na emigração em Portugal.
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