V.A.
A Unicer é uma das empresas portuguesas que decidiram apostar no mercado angolano. No início deste ano anunciou que a construção da nova fábrica, em Luanda, arrancaria no primeiro semestre de 2009, uma vez que o projecto, apresentado há cerca de três anos, tinha sido aprovado pela Agência Nacional para o Investimento Privado.
O JN tentou obter uma explicação para a espera de quase três anos para as respectivas aprovações, mas sem sucesso.
Os únicos entraves que são referidos são os vistos. "As empresas vão normalmente através de parcerias estabelecidas anteriormente, o que não gera problemas". O difícil, diz o presidente da Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS), Reis Campos, "são os vistos, e a informação de que a situação é para piorar".
Talvez por esta razão os portugueses deixaram de ser o maior grupo de estrangeiros com visto de trabalho em Angola, cedendo esse lugar aos chineses. Dados do Serviço de Migração e Estrangeiros Angolano, referentes a 2006, revelavam o registo de seis mil portugueses naquele país e cerca de 15 mil chineses.
No entanto, os números em relação a Portugal não serão exactos, porque não são contabilizados os portugueses residentes em Angola, que não precisam de autorização de trabalho, nem os turistas e também não contam os luso-angolanos (Angola aceita a dupla nacionalidade).
No entanto, com mais ou menos números, a verdade é que a China cada vez mais investe em Angola e, através dos seus empréstimos, garante uma fatia da produção do petróleo e obras de reconstrução do país.
Jornal de Notícias, aqui, acedido em 16 de Março de 2009