Insatisfeitos com o programa de incentivo ao regresso de emigrantes apresentado este mês pelo Governo, a Juventude Socialista espera apresentar "antes das legislativas" um conjunto de medidas alternativas.
A garantia é do secretário-geral da Juventude Socialista, João Torres, que, em entrevista ao Notícias ao Minuto, criticou o plano de Valorização do Empreendedorismo Emigrante (VEM), sustentando que "não diz absolutamente nada aos emigrantes, é uma mão cheia de nada e outra cheia de coisa nenhuma".
Para o líder da JS, a apresentação deste programa "foi apenas um sintoma de necessidade de afirmação de um secretário de Estado que esteve afastado do panorama político".
Criar a um gabinete de apoio ao emigrante jovem nos consulados portugueses; uma linha de apoio ao arrendamento; um concurso de acesso ao Ensino Superior paralelo; investir em incentivos à reabilitação urbana por parte de emigrantes; aprofundar o quadro de condições especiais do regime de IRS; isentar taxas processuais para a criação de novas empresas e criar um curso de língua portuguesa para descendentes de emigrantes são algumas das propostas que a JS tenciona apresentar, antecipa João Torres.
Medidas cujo financiamento teria como "trave mesta" fundos comunitários, mas não só. O líder da JS quer acabar com a "nuvem que paira no discurso político de que não há dinheiro" para agir, e acredita que o investimento vai ser recuperado.
"Não tenho a mais pequena dúvida de que os ganhos para o país com o regresso dos emigrantes suplantam em larga escala esta anulação parcial de receitas", necessária para os trazer de volta.
Para "alargar a consciência sobre o caminho que o país rem de percorrer para fazer os jovens regressar" a Juventude Socialista organiza hoje, em Lisboa, uma iniciativa sobre o tema durante a qual, através de videoconferência, jovens portugueses emigrados em diversos pontos do mundo vão poder conversar com António Costa.
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