Agosto é mês de emigrantes e os bancos multiplicam-se em campanhas para captar as poupanças dos portugueses além fronteiras. É caso para dizer, muita parra para pouca uva. Tal como acontece com a generalidade dos depósitos com condições especiais, ou seja, dirigidos a determinados públicos-alvo, também as aplicações especialmente desenhadas para emigrantes pagam em média menos do que os depósitos dirigidos ao público em geral. Isto é verdade para as aplicações dirigidas aos jovens, reformados, seniores, habitação, condomínios e "outros públicos", onde se inserem, além das mulheres, as pessoas com deficiência.
Apenas os depósitos destinados a clientes detentores de outros produtos na instituição (vendas associadas) fogem a este perfil. Ou seja, são depósitos com condições especiais mas não são especialmente vantajosos.
No total, representam mais de um terço dos 516 depósitos a prazo simples com taxa fixa existentes no mercado nacional. De acordo com a análise do Banco de Portugal, publicada no último Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancário de Retalho, os depósitos com condições especiais representam 36% do mercado, com as aplicações para emigrantes e jovens a liderarem esta oferta. No final de 2014, os depósitos para emigrantes pesavam 22,6% na oferta de depósitos especiais.
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