Nem as autoridades portuguesas nem as espanholas estudam o fenómeno, mas todos os anos morrem dezenas de emigrantes no regresso a Portugal. A maioria dos acidentes, acredita o secretário de Estado das Comunidades, acontece em estradas espanholas. E o cansaço provocado por demasiadas horas ao volante continua a ser o maior inimigo dos emigrantes.
"Acontece todos os anos. Saem do trabalho, não descansam e fazem-se à estrada porque querem chegar o mais depressa possível a Portugal", diz José Cesário, que tem acompanhado nos últimos anos várias famílias de emigrantes mortos em acidentes nas estradas de França e Espanha. E a GNR confirma que a fadiga é o principal perigo para quem regressa, de carro, às origens. "Existem muitos acidentes conotados com o excesso de velocidade que na realidade têm a ver com cansaço e em que os condutores adormecem ao volante", garante o chefe da Divisão de Trânsito e Segurança Rodoviária da GNR. Tratando-se de uma causa que tem a ver com o comportamento dos condutores, o fenómeno será sempre de difícil combate. "É um factor de insegurança rodoviária que não conseguimos controlar porque depende da iniciativa das pessoas", diz o tenente-coronel Lourenço da Silva.
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