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Seguramente que a dívida e o défice são questões muito importantes e urgentes para Portugal nos tempos que correm e que nos têm vindo a fazer comer o pão que o diabo amassou. Mas há as tendências de fundo, e essas são as que contam verdadeiramente. Se não forem atacadas, Portugal está a caminho da total irrelevância enquanto país. Em países sem recursos minerais significativos, os recursos humanos são fundamentais. Ora, o que aconteceu nestes últimos quatro anos em Portugal foi uma enorme desvalorização dos seus recursos humanos. Por várias vias: abandono escolar, quebra significativa na aposta na investigação e desenvolvimento, desemprego de mão-de-obra qualificada e emigração de muitos jovens em idade ativa e muito bem preparados do ponto de vista profissional. Acresce a isto a quebra da natalidade, que tem a ver também com a crise, mas que não resulta apenas dela. Tudo isto faz com que dos quase 200 países existentes no planeta tenha havido 24 que em 2014 perderam população. Portugal regista a quinta maior perda populacional do mundo inteiro, em termos relativos, só suplantado por Porto Rico, Letónia, Lituânia e (adivinhem...) Grécia. Mas se recuarmos até 2010, Portugal está entre os 10 países que registaram maiores perdas populacionais, segundo dados do Banco Mundial.
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