Os jovens portugueses são dos cidadãos da União Europeia mais predispostos a emigrar para outro país em busca de melhores oportunidades de emprego. Em média, 40% pensam deixar o país, número apenas ultrapassado pelos eslovenos (57%) e italianos (55%), segundo o relatório "Tendências globais no emprego jovem 2015", ontem divulgado pela Organização Internacional de Trabalho. A dificuldade em arranjar trabalho e, encontrando-o, em conseguir um emprego estável ou a tempo completo ajuda a explicar esta vontade em sair do país. Mas o desemprego jovem está longe de ser um exclusivo de alguns países da UE, sendo um problema global que exige que os Estados tomem medidas de apoio ao emprego.
O início da crise, em 2007, foi acompanhado de uma forte subida do desemprego entre os jovens, que atingiu um pico em 2013, quando no mundo inteiro se contavam 76,6 milhões de pessoas entre os 15 e os 24 anos sem trabalho. De então para cá, o número caiu ligeiramente, prevendo-se que neste ano ronde os 73,4 milhões. Apesar desta ligeira descida, a OIT sublinha que em muitos países os mais novos continuam a sentir os efeitos da crise e da austeridade. De que forma? Nas dificuldades em que esbarram para encontrar um trabalho a tempo inteiro, por exemplo. Esta tendência global de descida, refere o documento, não chegou ainda a todos os países e no seio da União Europeia os ritmos são também diferentes. "A recuperação está ainda para vir em muitos países da UE", refere a OIT, realçando que em dois terços dos Estados membros a taxa de desemprego jovem ultrapassou os 20%. Portugal é um deles, tendo chegado aos 34,8%.
Ler artigo completo no Diário de Notícias, aqui.