A participação dos eleitores nas legislativas de 4 de Outubro terá sido melhor do que indicam os números oficiais, em que a abstenção atingiu um novo recorde histórico de 43%. Como noutras eleições, por detrás do valor da abstenção oficial há um outro número, discutido por politólogos que estudam o comportamento eleitoral, que se pensa estar mais próximo da abstenção real.
Tudo porque continua a haver uma discrepância significativa entre o número de cidadãos que constam dos cadernos eleitorais e o número efectivo da população residente com idade para votar. Segundo a estimativa mais recente do INE, a população residente com 17 anos ou mais - aquela que já podia votar nestas legislativas - era no ano passado de 8,6 milhões (8.659.201), inferior ao número de pessoas que constam dos cadernos eleitorais: 9,4 milhões (9.439.711). E daqui resulta um grande número de "eleitores-fantasma", que ronda os 780 mil.
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