As várias dificuldades que foram registadas no envio dos boletins de voto para os emigrantes redundaram na maior abstenção de sempre em eleições legislativas. Dos 242.852 eleitores inscritos nos círculos da emigração, só votaram 28 mil, o que representa uma abstenção de 88,5%. Foi esse o número de boletins de voto que chegou à Administração Eleitoral, que os está a contar no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.
"Desde que se começaram a contar os votos chegaram algumas centenas de boletins. Neste momento, o total é de 28 mil", disse ao Negócios Jorge Miguéis, secretário-geral adjunto do Ministério da Administração Interna. "Existe uma generalização da abstenção", nota. Em termos percentuais, a abstenção nos círculos da emigração nunca foi tão elevada, admite o responsável. Mas em termos de votantes, em 2009 houve menos votos dos emigrantes (25 mil) - também havia muito menos inscritos (167 mil).
A esmagadora maioria dos votos vieram do Brasil, de onde chegaram cerca de 6.900 boletins, da China (por causa de Macau), de onde chegaram cerca de 3.100, dos Estados Unidos, França, Alemanha e Canadá, afirmou Jorge Miguéis.
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