Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, está em Portugal, para participar na cerimónima de homenagem a Silva Lopes na segunda-feira, e aproveita a ocasião para analisar e falar sobre a economia portuguesa. Dizendo desde logo, que a queda da população activa em Portugal é um motivo de preocupação. No seu blogue no The New York Times, o Paul Krugman, escreve que tem feito "algum trabalho de casa sobre os tempos terriveis que Portugal sofreu recentemente", e destaca como o indicador mais preocupante a queda da população activa em Portugal. Num gráfico mostra que Portugal tem hoje menos de 6,8 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, contra mais de 7 milhões em 2011. E com estes número deixa uma questão: se em tempos de dificuldades um país sofre uma perda em larga escala no número de trabalhadores, quem vai pagar a dívida e tratar dos reformados? E frisa ainda, que "se um país que regista um elevado endividamento vir a sua força de trabalho cair devido à emigração, terá de aumentar os impostos aos que permanecem no país para conseguir cumprir o serviço da dívida. O que poderá levar mais pessoas a sair do país e originar o ciclo vicioso de mais emigraçao e mais impostos". O Nobel da Economia lembra ainda que ,"Portugal, com uma longa tradição de emigração, pode ser mais vulnerável do que outros países, mas não faço ideia se já está realmente nessa zona [de espiral demográfica]".
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