Um "tempo novo", de "esperança" e de "confiança" - é assim que António Costa quer olhar para 2016, crente que a solução governativa que encontrou, com o apoio inédito do resto da esquerda, conseguirá dar "resposta às necessidades do país" funcionando na base do "diálogo, da transparência e do compromisso". Mas o primeiro-ministro também avisa que o caminho que Portugal tem pela frente "não será fácil", uma vez que enfrentamos "enormes desafios" e teremos "muitos obstáculos a ultrapassar".
Na sua estreia nas mensagens televisivas de Natal como primeiro-ministro, António Costa mostrou-se confiante que a mudança política operada recentemente no país "permitirá virar a página da austeridade" e colocá-lo no "caminho do crescimento", depois de um ano que "ainda impôs às famílias enormes sacrifícios".
Lembrou as primeiras medidas de devolução de rendimentos aprovadas pelo Parlamento e pelo novo Governo - como a reversão de cortes salariais e de pensões e aumento do salário mínimo - e defendeu que só com "mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade" o país poderá preparar-se para enfrentar os tais desafios difíceis do futuro. Garantindo estar "empenhado" neste triplo desígnio, apelou também à "união, solidariedade e mobilização" dos portugueses - como já aconteceu a nível político. "A nossa capacidade colectiva tornará possível a construção de um tempo novo para Portugal. Um tempo novo que traga crescimento e prosperidade", acredita António Costa.
O governante não esqueceu o seu caderno de encargos: prometeu procurar manter a "consolidação sustentada das finanças públicas", através de uma trajectória de redução do défice orçamental e da dívida pública. Porém, "para retomar o caminho do progresso e superar a crise orçamental, será fundamental uma estratégia de modernização da economia assente no investimento na cultura, na ciência e na educação como pilares-chave de desenvolvimento do país".
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