Contam-lhe que as ruas da cidade são as mesmas de há 30 anos, mas agora com muito mais carros. Por isso, os engarrafamentos fazem parte do dia a dia e nem a imposição de um número máximo de matrículas no centro resolve o problema.
"A somar a isto, há uma regra de trânsito que diz que quando há um acidente rodoviário os veículos intervenientes não podem mover-se um centímetro do local em que ficaram até que chegue a polícia de trânsito, o que pode tardar longos minutos. Quando há choque numa via principal, o trânsito quadruplica", conta Rui Durão, 29 anos, a viver na Costa Rica há um ano e meio.
As temperaturas variam entre os 20 e os 30 graus e a duração das horas de luz praticamente não varia. "Na Costa Rica não há quatro estações mas apenas duas: a seca e a das chuvas."
Rui vive com a namorada costa-riquenha em Santa Ana, uma cidade ao lado da capital, San José. Trabalha num serviço de atendimento ao cliente numa empresa multinacional de jogo online (PokerStars). "Faço serviço ao cliente ‘normal' em português e inglês, mas também especializado, como assistência a torneios de póquer online em direto."
Quando aterrou no país, os carros, a flora ou a arquitetura - "especialmente as grades em todas as janelas e portas" - foram algumas das grandes diferenças que identificou. "Alguns aspetos da gastronomia (como a utilização recorrente de plátano ou "banana-da-terra", como dizem os brasileiros), o facto de haver vulcões em grande número (só nos arredores de San José são três) e de haver tremores de terra com frequência foram as principais diferenças que me saltaram à vista."