Carlos Gomes apanhou o comboio em Dudelange, a 25 quilómetros do Luxemburgo, e pagou mais dez euros pelo táxi que o levou da estação até ao Consulado, porque "tinha medo que fechasse à hora de almoço", mas afinal não pôde votar.
O problema, explicou-lhe um funcionário, é que fez o cartão de cidadão em Portugal e o nome foi excluído dos cadernos eleitorais no estrangeiro. Apesar de viver há 28 anos no Luxemburgo, neste acto eleitoral, teria de ir votar a Mortágua.
"Tivemos pessoas que fizeram o cartão de cidadão em Portugal e deixaram de estar recensadas aqui, e lá também não as informaram", explicou à Lusa o cônsul de Portugal no Luxemburgo, Rui Monteiro.
"Lá sempre votei, e aqui também já votei e pensei que estava inscrito. Fiz o passaporte novo aqui no Consulado, e agora vinha para dar a minha opinião, mas afinal...", queixou-se o operário da construção.
Na mesa de voto, um dos voluntários diz-lhe que "se houver segunda volta, pode vir votar", se até lá alterar a morada no Consulado, uma informação que um funcionário corrigiu, esclarecendo que os cadernos eleitorais fecharam 60 dias antes das eleições.
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