A ação vai dar entrada no Tribunal Administrativo "nos próximos dias" e vai assemelhar-se ao processo coletivo contra o governador do Banco de Portugal, contra o Banco de Portugal e contra o Estado português, interposto em outubro de 2014 também no Tribunal Administrativo, por parte "de mais de 600 acionistas e titulares de obrigações subordinadas do BES".
"Esta ação é dos emigrantes que também foram lesados pelas falhas graves de supervisão e declarações enganosas do governador do Banco de Portugal", explicou o advogado, precisando que os fundamentos do processo são os mesmos da ação coletiva que "está a correr há mais de um ano".
Pereira de Almeida especificou que esses fundamentos são as "falhas graves de supervisão que permitiram que acontecesse o que aconteceu no BES e declarações completamente irresponsáveis do governador do Banco de Portugal que 15 dias antes da operação de resolução garantia que o banco estava mais do que sólido e que tinha uma almofada de segurança".
O advogado falava à Lusa no dia em que o Jornal de Negócios noticia que "são pelo menos 70 as ações judiciais que vários clientes não residentes do antigo Banco Espírito Santo colocaram contra Eduardo Stock da Cunha, o presidente do Novo Banco, desde o início de dezembro".
À Lusa, o sócio da Pereira de Almeida & Associados declarou hoje que "desde novembro entraram mais de 200 processos" de emigrantes lesados do BES nos tribunais cíveis contra o Banco Espírito Santo [BES], o Novo Banco e o presidente do Novo Banco Stock da Cunha, com o objetivo de pedir "uma indemnização equivalente ao capital investido, mais os juros, mais os danos morais".
Ler artigo completo na RTP, aqui.