Na questão parlamentar dirigida ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, as deputadas Carla Cruz e Paula Santos recordam que os emigrantes no Luxemburgo foram quem mais recorreu em 2015 às cantinas sociais da "Voz da Rua" ("Stëmm vun der Strooss", em luxemburguês), que serve refeições a sem-abrigo e pessoas em situação precária, e que o perfil dos portugueses que as frequentam não se limita aos que não têm casa para viver.
Entre os portugueses que recorreram às cantinas sociais no Grão-Ducado no último ano contam-se também "pessoas que trabalham e têm dificuldade para fazer face às despesas" e "pessoas idosas que recebem pensões de reforma muito baixas e não têm dinheiro suficiente para viver", dizem as deputadas, citando declarações à Agência Lusa da assistente social daquela associação, Charlotte Marx.
No último ano, 500 portugueses recorreram à cantina social da "Voz da Rua" na capital luxemburguesa (18,5% do total), segundo dados da associação, um número superior aos 484 luxemburgueses que por lá passaram no mesmo período, representando ainda 23% do total em Esch-sur-Alzette, a segunda maior cidade do país (241 pessoas).
As deputadas querem saber que "informações exactas tem o Governo" sobre a situação dos emigrantes que recorrem às cantinas sociais naquele país e quais são as "medidas para apoiar estes portugueses" e os "mecanismos de apoio" da Embaixada de Portugal do Luxemburgo para ajudar a "comunidade portuguesa (...) que revela dificuldades".
"Este relato junta-se a outros que vão sendo conhecidos e traduzem as dificuldades com que os portugueses que residem no estrangeiro se confrontam, pelo que urge dar resposta a estes problemas", defendem as deputadas comunistas.
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