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Premiado projecto que facilita acesso dos emigrantes aos serviços de saúde em Londres
2016-03-05
Portugueses não se habituaram ainda aos métodos diferentes utilizados pelo serviços de saúde britânicos.

Um médico português envolvido num projecto criado por um clínico britânico para mitigar as dificuldades de acesso da comunidade portuguesa aos serviços de saúde públicos britânicos foi distinguido com o prémio europeu Hippokrates 2015.

O prémio foi atribuído no início deste ano a Cristiano Figueiredo, actualmente médico interno na USF Ribeirinha, do Centro de Saúde do Barreiro, pelo intercâmbio junto do colega Vikesh Sharma em Lambeth, no Sul de Londres. "Foi considerado diferente e o melhor estágio de 2015 porque não se limitou a observação, mas foi activo e interventivo", justificou Figueiredo à Lusa.

O programa Hippokrates, do Movimento Vasco da Gama, que é composto por 15 países, incluindo Portugal, e está ligado à Organização Mundial de Médicos de Família [WONKA na sigla inglesa], promove anualmente intercâmbios internacionais.

Interessado pelo sistema de cuidados primários do Reino Unido, Cristiano Figueiredo pretendia inicialmente juntar-se a uma clínica na província, mas foi seduzido pelo projecto de Vikesh Sharma na capital britânica. "Fui atraído pela possibilidade de trabalhar num projecto com a comunidade portuguesa. Eu gosto da parte social e das determinantes sociais na saúde, nomeadamente migração e interculturalidade", disse.

A zona é conhecida por "Little Portugal" devido à elevada população lusófona: em Lambeth, um sexto dos cerca de 300 mil habitantes fala português. Esta concentração ainda é mais notória entre os seis mil utentes do centro de saúde Grantham Centre Practice, pois um terço é lusófono. "Precisamos de um intérprete três dos cinco dias da semana e 20 a 30% das consultas são feitas em português", revelou o médico britânico Vikesh Sharma à Lusa.

Além da barreira linguística, o clínico apercebeu-se, quando chegou ao centro de saúde, em 2013, que existia um óbice cultural. "Existe uma relutância no relacionamento com o médico britânico. Há pessoas que ainda vão a Portugal pedir consultas", referiu.

 

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