O estudo da emigração portuguesa tem sido objeto de diversos trabalhos, não pretendemos aqui elencar todos os estudos já realizados, o que além de inexequível, pouco interesse teria para a investigação da temática. O importante aqui prende-se com os estudos ligados à problemática que se pretende investigar.
No início do século XX, a emigração atingiu níveis elevados, tendo alcançado as 89.000 saídas em 1912. Com o início do 1.º primeiro conflito mundial a média de saídas reduziu-se para 19000, entre 1914 e 1918. Nos anos 20 as saídas aumentaram, sendo depois reduzidas no início dos anos 30, devido à situação económica e encurtadas ainda mais significativamente com o decorrer da II Grande Guerra.
A partir de 1949, os valores da emigração aumentam consideravelmente, passando de uma média anual de 8450 entre 1939-1945, para 17300 em 1949 e 33600 em 1950, tendo aumentado nos anos seguintes. A partir de 1974 verifica-se uma descida contínua da emigração em Portugal.
Relativamente aos valores da emigração clandestina para França, opta-se aqui por recorrer à análise das estatísticas oficiais. Os números de emigrantes clandestinos, obviamente não são exatos, no entanto todos os estudos apontam para valores elevados, o que poderá indiciar uma atitude permissiva dos poderes públicos, aliada a uma forte vontade de emigrar da população, exponenciada por motivos de ordem económica, social e política.
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