Aprendeu a gostar de sardinhas assadas com os emigrantes portugueses que vivem nos arredores de Paris. Além do petisco luso, entre os fetiches culinários de Philippe Martinez, líder da Confederação Geral do Trabalho (CGT), a principal união sindical em França, figuram também os doces orientais e o chá de menta. O que não lhe cai no goto nem lhe adoça a boca é a nova lei do trabalho. As intenções do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls fizeram a azia crescer-lhe no estômago. Ele cerrou os dentes, trouxe o país para a rua em manifestações e greves e transformou-se na principal figura da oposição ao governo.
Atualmente com 55 anos, Martinez chegou à liderança da CGT em fevereiro do ano passado, sucedendo no cargo a Thierry Lepaon. Desde que assumiu o farfalhudo bigode - comparado pelo insuspeito Le Monde àquele que em tempos ornamentava a face do português Artur Jorge, "mítico treinador do PSG" - tornou-se uma imagem de marca que lhe adensa o carisma e que já lhe valeu diversas alcunhas, como Mexicano, Astérix ou Dupond e Dupont.
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