Esteve presente, para além de algumas autoridades e políticos locais, o Embaixador José Manuel da Costa Arsénio, Director-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, antigo Cônsul de Portugal nesta cidade. Ainda a Cônsul de Portugal, Dra. Fernanda Coelho, membros da Comissão do Dia de Portugal, Escola Portuguesa, entre outros.
Depois desta "molhada" cerimónia, na Casa dos Botes, a Azorean Maritime Heritage Society inaugurou uma exposição de fotografias de botes e de baleeiros açorianos.
Na altura foram homenageados os antigos baleeiros Aldemiro Machado (Pico), Carlos M. Eugénio (Faial), José Eugénio (Faial), Manuel Cardoso Pinheiro (Faial), Ermelindo Freitas (Pico), representado pela filha Maria Carvalho, Manuel Raul Gomes (Faial), Elmo de Melo (Pico), José Cardoso Pinheiro (Faial), já falecido, representado pela sua viúva, Rosa Pinheiro e Manuel Goulart (Faial).
Esta iniciativa teve como Mestre de Cerimónias Victor Pinheiro, que chamou o pai, John Pinheiro, para apresentar os homenageados.
Na altura foi dito pelo senhor John Pinheiro que estes valorosos baleeiros não matavam as baleias nem corriam tantos perigos por prazer, mas para sustentarem as suas famílias, buscando no mar com esta actividade o pão.
Foi descerrada um quadro com as fotografias dos homenageados. Depois compareceram no locar a Cônsul Dra. Fernanda Coelho acompanhada pelo Embaixador Arsénio.
Carlos M. Eugénio referiu que ser baleeiro "era uma vida custosa e muito difícil. Esta homenagem é uma acção boa e merecida."
Elmo Melo disse que esta iniciativa do Sr. João Pinheiro fica para a história e foi bom se ter lembrado dos baleeiros."
Por sua vez João Pinheiro referiu que existiram muitos baleeiros nos Açores, não só no Faial e no Pico. "Gostaria de ter aqui mais baleeiros, de qualquer ilha dos Açores e, por isso, apelo a quem souber informações sobre outros, que contacte connosco, na Casa dos Bostes."
Seguiu-se uma recepção, no Museu da Baleia, ao som de cantigas de "Ilhas de Bruma," durante o convívio, ao Embaixador José Manuel da Costa Arsénio, em representação do Secretário de Estado das Comunidades, onde a Cônsul Coelho aproveitou para se despedir da Comunidade.
Num discurso sentido e até certo ponto comovente a Fernanda Coelho afirmou: "Saímos dos Estados Unidos mais ricos. Foi um grande privilégio servir a Comunidade Portuguesa desta região, agradecendo a todos o apoio e amizade que recebeu ao longo destes quatro anos."
Logo a seguir Coelho quis fazer dois agradecimentos especiais - Aos colegas do Consulado, que foi a sua família nos últimos quatro anos, pelo seu apoio, profissionalismo, dedicação e lealdade, reconhecendo a amizade e o carinho a ela e à sua família, afirmando que eles sabem que é reciproco. Mas o maior agradecimento foi para o marido, Luís Bernardo, pelo apoio incondicional, por ter sido guardião da família, pelo seu carinho e paciência.
O embaixador Arsénio começou por dizer que era um prazer regressar a New Bedford, vinte e cinco anos depois de deixar o Consulado, onde já teve a oportunidade de abraçar pessoas amigas que aqui deixou, referindo que foi especial, para ele e para a esposa, a vivência nesta cidade.
O Dr. Arsénio mencionou que era portador de uma mensagem de amizade, de carinho e de grande apreço pela Comunidade Portuguesa desta área consular, do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Depois falou de Portugal, de Camões e das Comunidades a que chamou de "Prolongamentos de Portugal."
No final o embaixador entregou à Cônsul uma bonita medalha relativa ao Dia de Portugal, seguindo-se a entrega de diplomas por parte de deputados estatais, da vereação e da Câmara Municipal de New Bedford, uma oferta do Museu da Baleia, entre outros.
O Mayor Scott W. Lang também se referiu à Cônsul com amizade, referindo os seus méritos como pessoa e como diplomata.
Falando com alguns funcionários do Consulado de Portugal de New Bedford, todos diziam que Fernanda Coelho deixa muitas saudades e, naturalmente este é o sentimento de toda a Comunidade.
O Jornal, aqui, acedido em 22 de Junho de 2009.