"Este senhor não é um emigrante português, ele é um símbolo da História da imigração da Alemanha e que faz a conexão a muitas outras comunidades", explicou Cristina Dangerfield-Vogt, coautora da obra.
Armando Rodrigues de Sá, o milionésimo trabalhador estrangeiro a chegar a terras germânicas, tem lugar nos museus e manuais escolares alemães por simbolizar a expansão económica da antiga República Federal da Alemanha, mas também as mudanças culturais a que o país assistiu após o fim da 2.ª Grande Guerra.
"O tema dos Gastarbeiter - os trabalhadores convidados - é muito importante para a identidade alemã do pós-guerra e muitos alemães sabem que temos muito a agradecer aos trabalhadores que vieram para cá, porque ajudaram com o milagre económico. Quando os primeiros trabalhadores estrangeiros chegaram, apenas dez anos após o fim da 2.ª Guerra Mundial, a Alemanha era um estado conservador, xenófobo. Chegaram pessoas de outras culturas que trouxeram cores e sabores para a nossa sociedade", explicou a historiadora Svenja Laender à agência Lusa em Berlim.
A obra "A Vida numa Mala", da autoria da jornalista portuguesa Cristina Dangerfield-Vogt e da historiadora alemã Svenja Laender e publicada pela Oxalá Editora, é apresentada hoje na Embaixada de Portugal em Berlim.
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