O facto de o Presidente da República e o primeiro-ministro irem celebrar o 10 de Junho em Paris, ainda por cima na Câmara Municipal e não na embaixada, é um “momento histórico”, considera Hermano Saches Ruivo, conselheiro na Câmara de Paris. Mas este português com dupla nacionalidade lamenta que a questão do ensino do língua portuguesa não seja visível no programa já conhecido.
“Um dos aspectos que não está suficientemente visível no programa desta viagem é a defesa e a promoção do ensino de português em frança. Como eleito e como pai de filhos portugueses e luso-descendentes é algo que considero preocupante e quero ver nas palavras, tanto do Presidente da República como do primeiro-ministro”, afirmou Hermano Sanches em entrevista à Renascença.
No seu gabinete na Marie, o bonito edifício à beira do Sena onde vai decorrer a cerimónia do Dia de Portugal em Paris, o conselheiro explica o significado da iniciativa de Marcelo Rebelo de Sousa. “Estamos a viver um momento histórico: a primeira vez que o Presidente e o primeiro-ministro começam as cerimónias do 10 de Junho em Portugal e acabam em Paris. O facto de ser na Câmara de Paris, quero ver nisso também um símbolo” porque podia ser na embaixada de Portugal, “mas o facto de uma câmara francesa ser o espaço para essa cerimónia convidando os portugueses para um casa que é a casa de todos os parisienses é uma forma de dizer que a comunidade portuguesa merece esse respeito”.