Não 10, mas 15 milhões. O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é “um momento de comunhão de 15 milhões de pessoas ligados pelo amor à pátria”, frisou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no começo da sua mensagem por altura do 10 de Junho.
José Luís Carneiro refere que se estima em mais de cinco milhões, o número de portugueses e de luso-descendentes residentes no estrangeiro para lembrar que “a ligação com todas as comunidades é uma das linhas de força da nossa política externa”. E deixa o recado: “A distância não pode ser desculpa para qualquer tipo de exclusão”.
O governante afirma que as comunidades portuguesas provam que é possível combinar “a integração bem-sucedida nas sociedades de acolhimento e a preservação de uma identidade própria e de ligações profundas com a sociedade de origem”. Numa Europa que está a ter dificuldade em lidar com a crise das migrações, “esta lição da emigração portuguesa deve ser valorizada”, acrescenta.
Recorde-se que já várias vozes se levantaram para criticar a campanha de apoio à seleção, lançada pela Federação Portuguesa de Futebol a propósito do Euro2016 - «Não somos 11, Somos 11 milhões» - por não incluir os portugueses que residem no estrangeiro.
Ligação a vários níveis
Na mensagem, o secretário de Estado aproveita para referir que a ligação às comunidades portuguesas é mantida a vários níveis. No plano político, através da participação eleitoral e da atividade dos eleitos, com destaque para os deputados à Assembleia da República que representam os círculos da emigração. A nível consular, através dos 127 postos de uma rede “distribuída por sete dezenas de países, em todos os continentes, e complementada por um conjunto de 230 consulados honorários ativos”. A nível de educação, através da ação do Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, que abrange duas redes de ensino português no estrangeiro, a oficial e a apoiada, estando implantadas “em 17 países, envolvendo 815 professores e cerca de 68.000 alunos”, lembrou.
José Luís Carneiro refere também o apoio ao associativismo, que engloba o subsídio a atividades e projetos de muitas associações, com destaque para as de natureza cultural e social, e faz ainda menção ao Conselho das Comunidades Portuguesas “e ao seu insubstituível papel de representação e consulta”.
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