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Escolha de seleção divide corações de lusodescendentes
2016-06-12
Os afetos e paixões de muitos lusodescendentes espalhados pela Europa dividem-se durante o campeonato europeu de futebol: uns dizem torcer pelas “Quinas” mas outros preferem outras cores, porque a terra onde vivem fala mais alto.

Michaël e Olivier nasceram em França, têm em comum as raízes familiares portuguesas e a paixão pelos vinhos, mas vão “brindar” por seleções diferentes no Euro.

Micaël Morais é escanção num restaurante com uma estrela Michelin em Paris. Para o Euro, promete continuar a alimentar a “loucura que tem por Portugal” e apoiar as Quinas.

“Nasci em França mas tenho aquela loucura por Portugal. A seleção portuguesa nunca ganhou nada, a França já ganhou duas vezes. Portugal até tem hipóteses porque teve um sorteio fácil e o Ronaldo está em forma”, argumenta o lusodescendente de 30 anos, cujos pais trocaram São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro, por Paris há muitos anos.

Já o primo, Olivier Morais, vai ser obrigado a assistir aos jogos em Belfast, na Irlanda do Norte, onde é ‘barman’ num bar de cocktails e diz torcer, em última análise, pela França: “O meu sangue é português mas nasci em França, por isso, sou francês também. Tenho que apoiar a França que era uma grande equipa, agora não é tao boa, mas está a evoluir”, considera o lusodescendente de 26 anos, com raízes familiares em Argeriz, no concelho de Valpaços.

Na Alemanha, Alessio dos Santos, 18 anos, admite que é “muito difícil escolher” que equipa apoiar durante o europeu, porque além do pai português, tem mãe italiana e para as suas contas entram sempre três equipas, uma vez que nasceu na Alemanha e vive na cidade de Dortmund.

Ainda assim, reconhece que apoia mais a Itália e Portugal do que a Alemanha “devido à grande presença de jogadores do Bayern de Munique na equipa alemã”, uns sujeitos “um pouco arrogantes”.

À parte dos gracejos, Alessio acredita que “crescer com a língua e cultura de um país influencia a forma como cada um se sente, e como sente a sua nacionalidade” e que o futebol ajuda a dar corpo a esses sentimentos.

 

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