"Eu, por acaso, estava lá [em Paris] quando isso foi dito e não atribuí o significado que foi atribuído", disse hoje Marcelo Rebelo de Sousa em Abrantes, quando questionado pelos jornalistas sobre o assunto.
O primeiro-ministro, António Costa, rejeitou hoje que tenha apelado à emigração nas declarações sobre oportunidades de emprego para professores em França, dizendo que "a estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa".
Em causa estão as declarações de António Costa, no domingo, quando, no balanço das celebrações do Dia de Portugal, em Paris, destacou o compromisso do Presidente francês, François Hollande, sobre o ensino do português, considerando que é uma oportunidade para muitos professores.
Estas declarações geraram críticas à direita, que compararam esta tomada de posição de António Costa às palavras do anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quando em dezembro de 2011, numa entrevista ao Correio da Manhã, sugeriu a emigração para países de língua portuguesa, como Angola ou Brasil, como uma opção para aos professores que não conseguissem colocação em Portugal.
"O senhor Presidente da República francês avançou com uma ideia, que me pareceu muito feliz, que é aumentar substancialmente o ensino do português em França", referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
"Para o efeito", continuou, "utilizando todos aqueles portugueses, nomeadamente professores que, lá mesmo, estejam disponíveis para esse efeito. Não quer dizer que não vão alguns de Portugal", observou o Presidente da República portuguesa, tendo lembrado que "há muita gente qualificada em França para poder ensinar a língua portuguesa naquele país".
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