Tive o privilégio de assistir a esta grande vitória junto da comunidade portuguesa que vive em Newark nos Estados Unidos da América e não podia ter escolhido melhor local. Foi um dia que ficará para sempre na minha memória.
Na Casa do Ribatejo em Newark, associação local construída com o empenho de portugueses de Santarém, do Cartaxo (Manique do Intendente e Maçussa), da Azambuja, de Torres Novas, de Rio Maior e até de Mação, senti-me em casa. Respirava-se emoção, saudade, orgulho. Estive lado a lado com portugueses que choraram com a lesão do nosso capitão, senti com eles a angústia a aumentar com o passar dos minutos, cada um de nós fazia força para compensar a ausência do Cristiano e todos ficámos igualmente emocionados com o golo do Éder. Mal soou o apito final, todos nos arrepiámos, meio incrédulos. Éramos todos campeões da Europa: eu, a senhora da CGD, o homem dos transportes, o bate-chapas, a gestora de fortunas, a "chefe" do rancho local, a diligente senhora do Consulado português, o simpático professor do "Camões". Todos campeões. O Mayor local juntou-se à festa, a polícia de Newark saudou os nossos emigrantes, e muitas outras comunidades juntaram-se à celebração portuguesa.
As lágrimas de felicidade e os sorrisos espontâneos de orgulho genuíno daqueles portugueses com sotaque "americano" que desfilaram nas ruas de Newark, que vestiram a camisola da nossa selecção, que efusivamente cantaram o nosso hino nas ruas dos EUA, são as mesmas lágrimas e sorrisos de portugueses que anteriormente perseguiram um sonho: que emigraram, que arriscaram, que tiveram ou não sucesso mas que sabem bem o que é a dificuldade, o empenho e o espírito de sacrifício.
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