Um corte de faca no peito, um pouco acima do coração, outro na cara, marcas de chumbos de caçadeira nas costas e nos ombros, um chumbinho de zagalote ainda encravado sob a pele numa das mãos, enumera o antigo padeiro, nascido na Venezuela, filho de pais portugueses, enquanto levanta a camisa para mostrar as cicatrizes, indiferente à chuva miúda que cai na aldeia da Malhada (Cantanhede).
"Parece que andei na guerra", ironiza num português com forte sotaque castelhano, resumindo numa palavra o que o levou há sete anos a pegar na família e a rumar à terra dos pais: "Inseguridad". Insegurança.
"Inseguridad", repetem em coro os elementos da equipa de 'baseball' os Latinos da Bairrada, quase todos ex-emigrantes na Venezuela ou descendentes de luso-venezuelanos, quando são convidados a explicitar a razão que os levou a trocar o país sul-americano por Portugal.
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